Baseado na proposta construtivista, ou seja, todo trabalho com nossos bebês e crianças são baseados na construção do aprender. Entendemos que todos possuem conhecimentos e que esses são ferramentas para a composição de novas aprendizagens. A ideia de que o conhecimento é construído por meio das interações entre sujeitos e o meio. Uma proposta que promove a liberdade do ser, pensar e fazer.
Norteados por esses ideais pedagógicas, buscamos implementá-los em algumas práticas. Veja quais são:
A ideia de trabalhar com um currículo que atenda às necessidades dos bebês e das crianças, proporcionando vivências reais e cheias de contextos. Perceber a individualidade faz com possamos traçar metas e objetivos com significados e muita aprendizagem.
A prática diária dos elementos do cotidiano, de maneira simples e real traduz o conhecimento embutido em todas as situações vividas dentro e fora da Escola. Desde a chegada até a saída, esses temas são tratados com cuidado e respeito que uma boa infância precisa.
Todo material oferecido para as crianças é pensado em sua amplitude e tem que ser capaz de provocar bons encontros de aprendizagem. Conhecer a fundo as crianças e suas necessidades capacita ainda mais o olhar do educador que troca experiências e conhecimento com esses bebês e crianças, por meio de perguntas instigantes que ampliam a curiosidade nata, maximizando sua potência através do brincar. Entender do desenvolvimento infantil facilita essa intervenção e cuidado.
A principal ferramenta utilizada pela Escola é o brincar. E, através de diversas brincadeiras e objetos que podem virar brinquedos, levamos uma proposta de currículo flexível e centrado na infância, proporcionando o uso de diferentes linguagens para que os bebês e as crianças possam trazer à tona suas potencialidades, dificuldades e descobertas. Um ritmo que aborda linguagens comuns e do cotidiano que envolve o cuidar em diferentes estâncias.
Trabalho centrado no livre movimento dos bebês. Uma rotina pautada no cuidado e no respeito com um olhar peculiar na individualidade. Espaços preparados para acolher as diferentes fases e também provocar o desenvolvimento.
As crianças um pouco maiores passam a ter aulas regulares em uma grade curricular de 4 horas no período da manhã.
Para essas turmas, o trabalho será feito de maneira mais instigante, com questões que as próprias crianças trarão para a Escola do seu universo particular e que os educadores vão abraçar, mediá-las e transformá-las por meio de boas perguntas. Ao ser confrontado com outros pontos de vistas e novas informações, o aluno tem a possibilidade de agregar novas saberes, desconstruir o que já era sabido e reconstruir seu conhecimento com base em novas perspectivas trazidas por seus colegas e educadores.
Esse processo dialético permite a criança ser criadora de seu próprio amadurecimento cognitivo, ser capaz de absorvê-lo, ampliá-lo, maturá-lo de acordo com seu próprio tempo e vontade de aprender mais sobre determinado assunto.
Anna Tardos
(psicóloga húngara)
Emmi Pikler
(pediatra húngara)
Paulo Freire
(educador brasileiro)
Loris Malaguzzi
(educador italiano)